Eu nem mesmo tenho um blog de games. Me manifesto gamisticamente apenas no fórum The NES Archive, no Projeto Jogatina e no Backloggery. O que faço aqui? Bom, tempos atrás, lendo as Memórias de um Lobo de Madeira, achei muito louco um relato que o Lobim fez sobre as jogatinas dele de 2011. Insisti para que ele fizesse a de 2012 também, e eis-me aqui fazendo a minha própria de 2013. Graças a sites como o Jogatina e o Backloggery, é possível fazer um rastreio mais ou menos preciso das jogatinas dos últimos tempos, e por isso me animei a fazer a minha, principalmente a título de balanço, para verificar se após entrar para o mundo das jogatinas de computador, via Desura e Steam, o quanto isso ocupou da minha linha do tempo que até então era dominada pelos consoles de videogame.
Copiando a fórmula do Lobim, vou começar pontuando jogatinas que iniciei e não concluí, jogos que queria ter terminado mas não consegui, ou jogos que nem mesmo toquei os dedos. Vou começar pelo jogo que me convenceu a entrar no mundo do Steam: Machinarium.
É um jogo já bem conhecido, uma lindeza de point & click robótico. Todos me disseram que era um passeio no parque, todos disseram que terminaram em um dia, em uma sentada, em poucas horas. Comecei a jogar no dia 10 de janeiro. Algum tempo depois, travei nesta tela aí dos músicos e não consegui mais avançar muita coisa. Estou travado até agora e isso tem sido muito punitivo, tipo “só eu não consigo”! heuheauhaeu
A segunda frustração do ano foi este joguete aqui: Rock & Roll Racing japonês!
R&RR foi um dos meus 5 primeiros jogos de SNES, ou seja, foi um dos jogos que mais joguei na vida. Comprei esta versão muito tempo depois, já nos anos 2000, das mãos de Sunda. Faz tempo que estava nos meus planos detonar a versão japonesa do início ao fim, como desculpa pra voltar a jogar este jogo mesmo tendo mais de mil jogos na fila que não terminei ainda. Acabei passando mil jogos na frente dele, e o cartuchinho lindo ainda aguarda a chance de testemunhar minhas acrobacias aéreas com o fuscão. Por outro lado, o Famicom Invisível sorriu para mim mais uma vez e, pouco antes do fim do ano, a grande notíca: Motor Rock!! Um R&RR rebimbado lançado pro Steam com multiplayer, Larry Huffman, sonzera e tudo o que o peão merece. Foi direto pra wishlist! Mas como tudo que é bom dura pouco, o jogo já foi tesourado do Steam, aparentemente por conta de violação de direitos autorais (que surpresa).
Mas a grande frustração do ano é um port razoavelmente bom de um jogo de fliperama pro Super Nintendo: Knights of the Round!
Esse chefe sozinho aí da foto me arrancou mais vidas do que os peixes e patos de Battletoads e os buracos no infinito de toda a trilogia Ninja Gaiden. Cheguei a chegar muitas vezes no Garibaldi, que é o chefão final e é MUITO MENOS APELÃO que o moedor de carne ali em cima, mas mesmo assim, surpreendentemente, dolorosamente, não consegui vencê-lo de jeito nenhum. Cheguei nele umas vinte vezes e fracassei em todas. Vergonha sobre mim.
Como comecei a jogar algumas plataformas pela primeira vez em 2013, isso aconteceu algumas vezes. Não poucas. Mais do que o costume. Consoles antigos e conhecidos nos fazem correr atrás de jogos principalmente conhecidos, queridos, sonhados. Consoles novos trazem surpresas. A exceção que confirma esta regra foi o primeiro jogo que terminei no ano: Circus Caper.
Este foi o caso de um jogo completamente desconhecido pra mim, de meu console predileto, mas que achei por uma miséria sendo vendido completo: abracei na hora. Ele ficou na geladeira aguardando para ser testado até que vieram as férias e, no dia 5 de janeiro, tive a graça de fincar o fitão cinzento no Top Loader pela primeira vez na vida. Fiquei positivamente grato ao ver que o jogo era de plataforma e não me surpreendi com bugs como os desta fase aqui em que seu boneco fica preso em alguns becos sem saída:
Acabei terminando o jogo na primeira sentada, ao contrário do Machinarium.
Quanto às plataformas recém-adquiridas, destaque para Steam e Desura, através das quais conheci centenas de jogos novos, bons e baratos. Os Humble Bundles e Indie Royales da vida foram a marca de 2013, sempre comprando muitos jogos desconhecidos. Nesta toada, tive o prazer e a sorte de conhecer jogos extremamente viciantes como:
Splice, um puzzle estrutural descabelante:
Field Runners, um Tower Defense desgraçadamente viciante:
Knights of Pen & Paper, um modelo de RPG minimalista bolado e implementado por uma equipe brasileira de desenvolvedores e que não consegui parar de jogar até fazer tudo o que fazia sentido fazer.
Dentre estes ilustres desconhecidos, dos quais os três anteriores foram os que mais joguei no ano que passou, destacaram-se nas minhas jogatinas alguns jogos memoráveis, que não tenho como deixar passar em branco: verdadeiros amores à primeira vista…
McPixel, um joguinho com gráficos altamente pixelizados, com cenários e desafios que - mesmo sofisticados demais para a comparação - lembram a sensação de se jogar Atari no início da década de 80: que raios eu tenho que fazer nessa maluquice? Essa é a deliciosa sensação de novidade que o jogo entrega para você, mesmo depois de você morrer pela centésima vez na mesma tela estática.
Jamestown, um dos jogos de navinha mais sofisticados que já joguei. Não, não é por causa dos gráficos, nem da dificuldade, nem do design de fases, nem por nenhuma característica individual. Este jogo se destaca por ser uma conjunção astral, uma colagem magistral de elementos canônicos (e até originais, como o multiplayer para até 4 jogadores simultâneos) do gênero, resultando em um jogo absolutamente rejogável, nada enjoativo, desafiante, lindo, atraente e sedutor.
Hotline Miami, um jogo de violência extrema, desde o tema até a execução, ou as execuções, já que há mil e uma maneiras de preparar neston nesse jogo. Só não concluí todas as missões e desafios possíveis e imagináveis porque 2013 foi "O Ano do SNES".
Chegamos a 2014 com 318 jogos de SNES na ludoteca. Em janeiro de 2013 eu estava com menos de um terço deste monte de jogos terminados. Menos de 100 jogos terminados de SNES. Enquanto mirava estes números revelados pelo Backloggery.com, o Famicom Invisível em pessoa me revelou ser seu desejo onipontente que eu alcançasse a marca de 100 jogos de SNES terminados no ano de 2013, que doravante seria conhecido como “O Ano do SNES”. Eu disse “amém”. Graças a esta epifania, em 2013 eu joguei SNES até sair sangue.
Dentre os mais de 200 jogos dali que eu ainda não havia terminado, selecionei uma lista com jogos que eu nunca tinha terminado, e ao mesmo tempo julguei que conseguiria jogar simultaneamente com os outros afazeres da vida que levo com minha identidade secreta: um pai de família comum. Desta lista (na qual constavam tanto o R&RR japonês quanto o Knights of the Round), consegui terminar os seguintes, não necessariamente nesta ordem:
• Mega Man X3
Dentre estes todos, Mega Man X3 me decepcionou muito pela repetição de inimigos pelas várias fases, pelo excesso de "chefes aquáticos" e pelas músicas que não me pegaram como eu esperava após curtir tanto nos outros jogos da série. Na verdade, há pelo menos 4 chefes com o mesmo padrão de ataque, nem parece que estou jogando Mega Man... depressão total.
• Nankoku Shounen Papuwakun
Este jogo não consta em minhas memórias de catálogos de locadoras, nem de revistas de videogame, nem mesmo de comentários de amigos da época. Foi um jogo que conheci tardiamente, por acidente através do Youtube. É um jogo simples, porém muito bem feito, sendo que - ao contrário do caça-níqueis chamado Mega Man X3 - não repete um só inimigo ao longo das trocentas lindíssimas fases de jogo que apresenta. Foi uma delícia jogar do começo ao fim.
• Dossun! Ganseki Battle
Quem me conhece minimamente percebe que gosto pacas de puzzles. O SNES é recheadíssimo, e o Dossun! é um daqueles jogos que você chora lágrimas de sangue por nunca terem portado pro ocidente, o que causou o desconhecimento total dentre os jogadores e, consequentemente, a raridade de parceiros de batalha. Seguindo a orientação do Invisível, decidi finalmente terminar esse jogo no modo padrão de jogo e foi delicioso, pois os adversários não se entregam fácil. Espero um dia conhecer muitos jogadores dessa bodega para fazermos uma noitada de Dossun! Ganseki Battle!!
• Dragon Quest
Uma das minha últimas psicopatias foi ter encasquetado de jogar os RPGs japoneses da gameteca simultaneamente com suas contrapartes traduzidas. Em 2013, tive a graça de jogar Dragon Quest no Super Famicom, através do cartucho Dragon Quest 1 & 2, ao mesmo tempo em que joguei Dragon Warrior de Game Boy, na fita Dragon Warrior I & II. Um par de remakes em plataformas diferentes, mas que pretendi jogar ambas no SNES. Para a minha desgraça, perdi o save da fita de SFC 3 vezes e tive que me contentar em jogar no emulador Snes9x no Wii. Percalços à parte, mergulhei de cabeça e cheguei a desenhar os mapas de todos os labirintos do jogo, menos do castelo final, que desencanei. Uma das telas do jogo acabou se tornando minha imagem de capa do Backloggery:
Os demais jogos de SNES que terminei pela primeira vez em 2013 foram os seguintes:
• Bonkers
• Captain Commando
• Clay Fighters 2
• Dragon Ball Z: Hyper Dimension
• FIFA International Soccer
• Hoshi no Kirby 3
• Joe & Mac
• Super Bombliss
• Takahashi Meijin no Daiboukenjima
• Teenage Mutant Ninja Turtles: Tournament Fighters
• Tiny Toon Adventures: Buster Busts Loose!
• World Heroes 2
A maioria são jogos fáceis e rápidos, o que tem muita relação com o meu tempo escasso pra jogatinas neste ano que passou.
No momento, tenho jogado 3 jogos do projeto mais ousado de videogames que já me meti a fazer. Comecei em 2013 a jogar três versões simultâneas do Final Fantasy III de SNES: a versão original japonesa (Final Fantasy VI), sua tradução oficial para o inglês e a tradução não-oficial do romhacker Sandman para o português brasileiro. Não é a mesma coisa que se jogar uma única versão. Nesta tríplice aventura, é possível verificar que algo deu certo ou errado em uma jogatina e alterar ou manter o curso nas outras. Está sendo divertidíssimo e pretendo concluir a missão no máximo em julho de 2014. Assim como fiz na jogatina Dragon Quest/Dragon Warrior, tenho jogado as versões originais em seus consoles e cartuchos originais, e o romhack no Wii. Não tive problemas até então com bateria, que continue assim até o final!!
Achei divertido consolidar os números de 2013 e montei alguns gráficos. No primeiro gráfico, de jogos terminados por consoles, podemos ver que os consoles em que mais terminei jogos foram justamente o SNES (do chamado do Famicom Invisível) e o Steam (por passar muito tempo diante do computador). Curiosamente, em terceiro lugar, aparece o Game Boy velho de guerra:
Entretanto, consolidando-se todos os consoles por tipo de plataforma, fica claro o cenário. Um dentre cada quatro jogos terminados este ano foi um jogo de computador. Por que me admiro com isso? Porque até 2012, jogar videogame no computador era para mim uma piada e hoje parece que se tornou realidade:
Por fim, achei por bem fazer um gráfico para visualizar a pizza de jogos terminados de 2013 fatiada por gêneros e verifico que, mesmo entrando para o mundo dos jogos de computador, com gêneros ligeiramente diferentes dos jogos de videogame, os três gêneros de jogos que mais terminei neste ano que passou foram Plataforma, Luta e Navinha (Shmup). Isso reflete bastante meu gosto, curiosamente. Por outro lado, já é possível ver ali um tal de "Tower Defense". Sinal dos tempos...
E que venha 2014!!
Até mais,
ZEMO
PS Lobonesco: Eu ainda vou fazer o meu em algum momento, aguardem! =~
O que era para ser feito, e não foi
Copiando a fórmula do Lobim, vou começar pontuando jogatinas que iniciei e não concluí, jogos que queria ter terminado mas não consegui, ou jogos que nem mesmo toquei os dedos. Vou começar pelo jogo que me convenceu a entrar no mundo do Steam: Machinarium.
É um jogo já bem conhecido, uma lindeza de point & click robótico. Todos me disseram que era um passeio no parque, todos disseram que terminaram em um dia, em uma sentada, em poucas horas. Comecei a jogar no dia 10 de janeiro. Algum tempo depois, travei nesta tela aí dos músicos e não consegui mais avançar muita coisa. Estou travado até agora e isso tem sido muito punitivo, tipo “só eu não consigo”! heuheauhaeu
A segunda frustração do ano foi este joguete aqui: Rock & Roll Racing japonês!
R&RR foi um dos meus 5 primeiros jogos de SNES, ou seja, foi um dos jogos que mais joguei na vida. Comprei esta versão muito tempo depois, já nos anos 2000, das mãos de Sunda. Faz tempo que estava nos meus planos detonar a versão japonesa do início ao fim, como desculpa pra voltar a jogar este jogo mesmo tendo mais de mil jogos na fila que não terminei ainda. Acabei passando mil jogos na frente dele, e o cartuchinho lindo ainda aguarda a chance de testemunhar minhas acrobacias aéreas com o fuscão. Por outro lado, o Famicom Invisível sorriu para mim mais uma vez e, pouco antes do fim do ano, a grande notíca: Motor Rock!! Um R&RR rebimbado lançado pro Steam com multiplayer, Larry Huffman, sonzera e tudo o que o peão merece. Foi direto pra wishlist! Mas como tudo que é bom dura pouco, o jogo já foi tesourado do Steam, aparentemente por conta de violação de direitos autorais (que surpresa).
Mas a grande frustração do ano é um port razoavelmente bom de um jogo de fliperama pro Super Nintendo: Knights of the Round!
Esse chefe sozinho aí da foto me arrancou mais vidas do que os peixes e patos de Battletoads e os buracos no infinito de toda a trilogia Ninja Gaiden. Cheguei a chegar muitas vezes no Garibaldi, que é o chefão final e é MUITO MENOS APELÃO que o moedor de carne ali em cima, mas mesmo assim, surpreendentemente, dolorosamente, não consegui vencê-lo de jeito nenhum. Cheguei nele umas vinte vezes e fracassei em todas. Vergonha sobre mim.
Conheci quando comprei
Como comecei a jogar algumas plataformas pela primeira vez em 2013, isso aconteceu algumas vezes. Não poucas. Mais do que o costume. Consoles antigos e conhecidos nos fazem correr atrás de jogos principalmente conhecidos, queridos, sonhados. Consoles novos trazem surpresas. A exceção que confirma esta regra foi o primeiro jogo que terminei no ano: Circus Caper.
Este foi o caso de um jogo completamente desconhecido pra mim, de meu console predileto, mas que achei por uma miséria sendo vendido completo: abracei na hora. Ele ficou na geladeira aguardando para ser testado até que vieram as férias e, no dia 5 de janeiro, tive a graça de fincar o fitão cinzento no Top Loader pela primeira vez na vida. Fiquei positivamente grato ao ver que o jogo era de plataforma e não me surpreendi com bugs como os desta fase aqui em que seu boneco fica preso em alguns becos sem saída:
Acabei terminando o jogo na primeira sentada, ao contrário do Machinarium.
Quanto às plataformas recém-adquiridas, destaque para Steam e Desura, através das quais conheci centenas de jogos novos, bons e baratos. Os Humble Bundles e Indie Royales da vida foram a marca de 2013, sempre comprando muitos jogos desconhecidos. Nesta toada, tive o prazer e a sorte de conhecer jogos extremamente viciantes como:
Splice, um puzzle estrutural descabelante:
Field Runners, um Tower Defense desgraçadamente viciante:
Knights of Pen & Paper, um modelo de RPG minimalista bolado e implementado por uma equipe brasileira de desenvolvedores e que não consegui parar de jogar até fazer tudo o que fazia sentido fazer.
Dentre estes ilustres desconhecidos, dos quais os três anteriores foram os que mais joguei no ano que passou, destacaram-se nas minhas jogatinas alguns jogos memoráveis, que não tenho como deixar passar em branco: verdadeiros amores à primeira vista…
McPixel, um joguinho com gráficos altamente pixelizados, com cenários e desafios que - mesmo sofisticados demais para a comparação - lembram a sensação de se jogar Atari no início da década de 80: que raios eu tenho que fazer nessa maluquice? Essa é a deliciosa sensação de novidade que o jogo entrega para você, mesmo depois de você morrer pela centésima vez na mesma tela estática.
Jamestown, um dos jogos de navinha mais sofisticados que já joguei. Não, não é por causa dos gráficos, nem da dificuldade, nem do design de fases, nem por nenhuma característica individual. Este jogo se destaca por ser uma conjunção astral, uma colagem magistral de elementos canônicos (e até originais, como o multiplayer para até 4 jogadores simultâneos) do gênero, resultando em um jogo absolutamente rejogável, nada enjoativo, desafiante, lindo, atraente e sedutor.
Hotline Miami, um jogo de violência extrema, desde o tema até a execução, ou as execuções, já que há mil e uma maneiras de preparar neston nesse jogo. Só não concluí todas as missões e desafios possíveis e imagináveis porque 2013 foi "O Ano do SNES".
Joguei até com a mão nas costas
Chegamos a 2014 com 318 jogos de SNES na ludoteca. Em janeiro de 2013 eu estava com menos de um terço deste monte de jogos terminados. Menos de 100 jogos terminados de SNES. Enquanto mirava estes números revelados pelo Backloggery.com, o Famicom Invisível em pessoa me revelou ser seu desejo onipontente que eu alcançasse a marca de 100 jogos de SNES terminados no ano de 2013, que doravante seria conhecido como “O Ano do SNES”. Eu disse “amém”. Graças a esta epifania, em 2013 eu joguei SNES até sair sangue.
Dentre os mais de 200 jogos dali que eu ainda não havia terminado, selecionei uma lista com jogos que eu nunca tinha terminado, e ao mesmo tempo julguei que conseguiria jogar simultaneamente com os outros afazeres da vida que levo com minha identidade secreta: um pai de família comum. Desta lista (na qual constavam tanto o R&RR japonês quanto o Knights of the Round), consegui terminar os seguintes, não necessariamente nesta ordem:
• Mega Man X3
Dentre estes todos, Mega Man X3 me decepcionou muito pela repetição de inimigos pelas várias fases, pelo excesso de "chefes aquáticos" e pelas músicas que não me pegaram como eu esperava após curtir tanto nos outros jogos da série. Na verdade, há pelo menos 4 chefes com o mesmo padrão de ataque, nem parece que estou jogando Mega Man... depressão total.
• Nankoku Shounen Papuwakun
Este jogo não consta em minhas memórias de catálogos de locadoras, nem de revistas de videogame, nem mesmo de comentários de amigos da época. Foi um jogo que conheci tardiamente, por acidente através do Youtube. É um jogo simples, porém muito bem feito, sendo que - ao contrário do caça-níqueis chamado Mega Man X3 - não repete um só inimigo ao longo das trocentas lindíssimas fases de jogo que apresenta. Foi uma delícia jogar do começo ao fim.
• Dossun! Ganseki Battle
Quem me conhece minimamente percebe que gosto pacas de puzzles. O SNES é recheadíssimo, e o Dossun! é um daqueles jogos que você chora lágrimas de sangue por nunca terem portado pro ocidente, o que causou o desconhecimento total dentre os jogadores e, consequentemente, a raridade de parceiros de batalha. Seguindo a orientação do Invisível, decidi finalmente terminar esse jogo no modo padrão de jogo e foi delicioso, pois os adversários não se entregam fácil. Espero um dia conhecer muitos jogadores dessa bodega para fazermos uma noitada de Dossun! Ganseki Battle!!
• Dragon Quest
Uma das minha últimas psicopatias foi ter encasquetado de jogar os RPGs japoneses da gameteca simultaneamente com suas contrapartes traduzidas. Em 2013, tive a graça de jogar Dragon Quest no Super Famicom, através do cartucho Dragon Quest 1 & 2, ao mesmo tempo em que joguei Dragon Warrior de Game Boy, na fita Dragon Warrior I & II. Um par de remakes em plataformas diferentes, mas que pretendi jogar ambas no SNES. Para a minha desgraça, perdi o save da fita de SFC 3 vezes e tive que me contentar em jogar no emulador Snes9x no Wii. Percalços à parte, mergulhei de cabeça e cheguei a desenhar os mapas de todos os labirintos do jogo, menos do castelo final, que desencanei. Uma das telas do jogo acabou se tornando minha imagem de capa do Backloggery:
Os demais jogos de SNES que terminei pela primeira vez em 2013 foram os seguintes:
• Bonkers
• Captain Commando
• Clay Fighters 2
• Dragon Ball Z: Hyper Dimension
• FIFA International Soccer
• Hoshi no Kirby 3
• Joe & Mac
• Super Bombliss
• Takahashi Meijin no Daiboukenjima
• Teenage Mutant Ninja Turtles: Tournament Fighters
• Tiny Toon Adventures: Buster Busts Loose!
• World Heroes 2
A maioria são jogos fáceis e rápidos, o que tem muita relação com o meu tempo escasso pra jogatinas neste ano que passou.
Jogando no momento
No momento, tenho jogado 3 jogos do projeto mais ousado de videogames que já me meti a fazer. Comecei em 2013 a jogar três versões simultâneas do Final Fantasy III de SNES: a versão original japonesa (Final Fantasy VI), sua tradução oficial para o inglês e a tradução não-oficial do romhacker Sandman para o português brasileiro. Não é a mesma coisa que se jogar uma única versão. Nesta tríplice aventura, é possível verificar que algo deu certo ou errado em uma jogatina e alterar ou manter o curso nas outras. Está sendo divertidíssimo e pretendo concluir a missão no máximo em julho de 2014. Assim como fiz na jogatina Dragon Quest/Dragon Warrior, tenho jogado as versões originais em seus consoles e cartuchos originais, e o romhack no Wii. Não tive problemas até então com bateria, que continue assim até o final!!
E por fim… estatísticas!
Achei divertido consolidar os números de 2013 e montei alguns gráficos. No primeiro gráfico, de jogos terminados por consoles, podemos ver que os consoles em que mais terminei jogos foram justamente o SNES (do chamado do Famicom Invisível) e o Steam (por passar muito tempo diante do computador). Curiosamente, em terceiro lugar, aparece o Game Boy velho de guerra:
Entretanto, consolidando-se todos os consoles por tipo de plataforma, fica claro o cenário. Um dentre cada quatro jogos terminados este ano foi um jogo de computador. Por que me admiro com isso? Porque até 2012, jogar videogame no computador era para mim uma piada e hoje parece que se tornou realidade:
Por fim, achei por bem fazer um gráfico para visualizar a pizza de jogos terminados de 2013 fatiada por gêneros e verifico que, mesmo entrando para o mundo dos jogos de computador, com gêneros ligeiramente diferentes dos jogos de videogame, os três gêneros de jogos que mais terminei neste ano que passou foram Plataforma, Luta e Navinha (Shmup). Isso reflete bastante meu gosto, curiosamente. Por outro lado, já é possível ver ali um tal de "Tower Defense". Sinal dos tempos...
E que venha 2014!!
Até mais,
ZEMO
PS Lobonesco: Eu ainda vou fazer o meu em algum momento, aguardem! =~